terça-feira, 19 de outubro de 2010

A responsabilidade do professor da ED

O bom professor da Escola Dominical é aquele que almeja a excelência do ensino e se empenha em alcançá-la. Tem que ser como o apóstolo Paulo exortou: "...o que ensina, esmere-se no fazê-lo" (Rm 12.7). Paulo recomenda àquele que ensina a dedicação total desse ministério. Dedicação que resultará num progresso constante do professor, quer seja em relação à habilidade no ensino e crescimento espiritual dos seus alunos, quer seja em relação à sua própria vida cristã.

O professor da ED deve ser o primeiro a viver o que ensina. A classe nunca deve ser subestimada (muito menos a dos pequeninos). Ela saberá se o professor está sendo sincero no que diz. Como também saberá se o professor se preparou adequadamente para a aula. Fazer pesquisas de última hora e preparar a aula às pressas nunca dá certo. Quando o professor não se esforça para fazer o melhor, ele não apenas desrespeita seus alunos como peca contra Deus.

Além de viver o que ensina, o bom professor conhece seus alunos. Ele nunca deve acreditar que basta, por exemplo, pegar a revista e ensinar o que está ali, por melhor que seja o seu trabalho de pesquisa. O professor da ED deve conhecer a sua classe, cada um de seus alunos. É importante que o professor conheça os seus alunos, até mesmo para uma transmissão mais natural e eficaz da matéria.
O professor da ED deve:

- Utilizar sempre a Bíblia como referencial absoluto.
- Elaborar pesquisas e anotações, buscando em várias fontes subsídios para complementar
os temas previamente definidos pela coordenação pedagógica.
- Planear a apresentação dos diversos temas, relacionando-os entre si para que haja coerência e
se evite a antecipação das matérias.
- Evitar o distanciamento do assunto proposto na lição.
- Dinamizar a aula sem monopolizar a palavra oferecendo respostas prontas.
- Relacionar as mensagens ao quotidiano dos alunos, desafiando-os a praticar as verdades
aprendidas.
- No final da aula, despertar os alunos quanto ao próximo assunto a ser estudado, mostrando-lhes
a possibilidade de aprenderem coisas novas e incentivando-os a estudar durante a semana.
- Depender sempre da iluminação do Espírito Santo, orando, estudando e colocando-se diante de
Deus como instrumento para a instrução de outros.
- Verificar a transformação na vida dos alunos, a fim de avaliar o êxito de seu trabalho.
Existem duas coisas, pelo menos, que têm levado muita gente a perder o interesse pela ED hoje em dia: a falta de criatividade do professor e a dinâmica das aulas.

Prezado Professor, faça de sua aula algo interessante. Seja criativo, gaste tempo nisso. Criatividade e dinamismo são, em boa parte, o segredo do sucesso do professor eficaz.

É necessário que o professor da ED veja o seu trabalho como o ministério que Deus lhe deu e que, por isso mesmo, precisa ser realizado da melhor maneira possível. Outra vez "... o que ensina, esmere-se no fazê-lo"

sábado, 16 de outubro de 2010

Conheça a origem da ED

A origem da Escola Dominical remonta aos tempos bíblicos quando Deus ordenou ao seu povo Israel que ensinasse a Lei de geração a geração. Dessa forma a história do ensino bíblico descortina-se a partir dos dias de Moisés, passando pelos tempos dos reis, dos sacerdotes e dos profetas, de Esdras, do ministério terreno do Senhor Jesus e da Primitiva Igreja. Não fossem esses inícios tão longínquos, não teríamos hoje a Escola Dominical.

Porém, antes de sumariarmos a história da Escola Dominical em sua fase moderna, é mister evocar os grandes vultos do Cristianismo que muito contribuíram para o ensino e divulgação da Palavra de Deus. Como esquecer os chamados pais da Igreja que lhes seguiram o exemplo? Lembremo-nos de Orígenes, Clemente de Alexandria, Justino o Mártir, Gregório Nazianzeno, Agostinho e outros doutores igualmente ilustres. Todos eles magnos discipuladores.

E o quedizer do Dr. Lutero? O grande reformador do século XVI que, apesar dos seus grandes e inadiáveis compromissos, ainda encontrava tempo para ensinar as crianças. Veja-se o livro que que lhes escreveu. Foram esses piedosos de Cristo que abriram caminho até que a Escola Dominical adquirisse os atuais contornos.
A Escola Dominical do nosso tempo nasceu de visão de um homem que, compadecido com as crianças de sua cidade, quis dar-lhes um novo e promissor horizonte. Como ficar insensível ante a situação daqueles meninos e meninas que, sem rumo, perambulavam pelas ruas de Gloucester? Nessa Cidade, localizada no Sul da Inglaterra, a delinquência infantil era um problema que parecia insolúvel. Aqueles menores roubavam, viciavam-se e eram viciados; achavam-se sempre envolvidos os piores delitos.

É nesse momento tão difícil que o jornalista episcopal Robert Raikes entra em ação. Tinha ele 44 anos quando saiu pelas ruas a convidar os pequenos transgressores a que se reunissem todos os Domingos para aprender a Palavra de Deus. Juntamente com o ensino da Bíblia, ministrava-lhes várias matérias seculares: matemática, história e a língua materna - o inglês.

Não demorou muito, e a escola de Raikes já era bem popular. Entretanto, a oposição não tardou a chegar. Muitos eram os que o acusavam de estar quebrantando o Domingo. "Onde já se viu comprometer o dia do Senhor com esses moleques? Será que o Sr. Raikes não sabe que o domingo existe para ser consagrado a Deus?", diziam os opositores dentro da própria igreja. Robert Raikes sabia-o muito bem. Ele também sabia que Deus é adorado através do nosso trabalho amoroso incondicional.

Embora haja começado a trabalhar em 1780, foi somente em 1783, após três anos de oração, observações e experimentos, que Robert Raikes resolveu divulgar os resultados de sua obra pioneira. No dia três de novembro de 1783, Raikes publica, em seu jornal, o que Deus operara e continuava a operar na vida daqueles meninos de Gloucester. Eis porque a data foi escolhida como o dia da fundação da Escola Dominical.

A Escola Dominical constitui hoje um dos baluartes da Igreja de Cristo. Tornou-se tão importante, que já não podemos conceber uma igreja sem ela. É nessa "escola sem rival" onde aprendemos os rudimentos da fé e o valor de uma vida inteiramente consagrada ao serviço do Mestre.

A. S. London afirmou, certa vez, mui acertadamente: “Extinga a Escola Bíblica Dominical, e dentro de 15 anos a sua igreja terá apenas a metade dos seus membros”. Quem haverá de negar a gravidade de London?

As igrejas que ousaram prescindir da Escola Dominical jazem debilitadas, enfraquecidas e prestes a morrer. Aquelas, como a Igreja do Nazareno, que mantêm a Escola Dominical como base do trabalho continuam crescendo e fazendo discípulos à semelhança de Cristo.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Alarguemos as nossas tendas às novas gerações

A missão está definida, os objectivos também. É tempo de arregaçar as mangas e abrir as portas dos nossos templos para esperar o povo que, com o trabalho de todos e a benção de Deus, irá chegar cada domingo às igrejas das ilhas. E aqueles que não vierem receberão a Palavra lá onde estiverem.

"Alarguemos as nossas tendas às novas gerações", é o lema do Ministério da Escola Dominical e Discipulado Internacional (MEDDI) em Cabo Verde para o biénio 2010-2012. Os objectivos traçados pela Junta do MEDDI são os seguintes:

- Aumentar em 25% a assistência semanal.
- Aprofundar o conhecimento bíblico dos matriculados.
- Promover acções de formação de professores.
- Acompanhar, de forma mais intensa, os alunos.

A Junta do MEDDI elaborou um Programa Anual baseado nos objectivos propostos e que irá nortear o trabalho da Escola Dominical em Cabo Verde até o fim deste ano eclesiástico.
A Junta desafia a todos os líderes locais da ED, professores e colaboradores a assumirem, na plenitude, o ministério de "ensinar o caminho às novas gerações de cabo-verdianos". Cabe-nos a nós mudar para melhor o destino de Cabo Verde. Para tal, bastar colocar no coração de cada cabo-verdiano a Palavra de Deus, cada domingo.
Sonhemos com um Cabo Verde diferente. Somos nós que limitamos os nossos sonhos, não Deus. Ele quer que ampliemos as nossas tendas.